domingo, 29 de janeiro de 2012

Vetores de intervenção educativa para as imagens

Os vectores de intervenção para a educação para as imagens passam principalmente pela presença activa do adulto educador (professor, pais, encarregados de educação). Se as crianças souberem que estão acompanhadas pelos adultos conseguem se distanciar melhor das imagens violentas e se libertarem dos sentimentos negativos. Assim os educadores devem:
- Incentivar as crianças a expressarem as suas emoções, para que elas as entendam melhor e saberem gerir os seus sentimentos.
- Os adultos têm que estar disponíveis para ouvirem as crianças, pois uma forma delas se livrarem dos sentimentos negativos é falando deles. Assim se a criança souber que tem um adulto disposto a ouvi-la, a acompanha-la e a validar as ideias que construíram sobre as imagens, falando com elas, conseguem aliviar esse stress.
- Não se deve obrigar as crianças a falar, pois há crianças que têm primeiro que fazer as suas representações corporais e psíquicas, assimilando e organizando as imagens, para depois poderem falar sobre elas.
- os educadores e os produtores das séries/ filmes com imagens violentas deveriam explicar como são feitas essas imagens, como são feitos os efeitos especiais, que são actores que fingem as cenas( making off), para a criança puder se distanciar dessas imagens e distinguir entre a ficção e a realidade, entre o que viu e o que imaginou.

Bibliografia: Abrantes,J. C. (Coord.) (2006) . Ecrãs em Mudança, Lisboa: Livros Horizonte

A motivação das noticias violentas

O jornal Correio da Manhã é o jornal diário que mais tiragem tem em Portugal e o mais lido, com 40% de quota de mercado (http://pt.wikipedia.org/wiki/Correio_da_Manh%C3%A3_(Portugal)).
É um jornal generalista, populista, com notícias de carácter violento e discurso sensacionalista e trágico.
O alvo do jornal é os cidadãos, geralmente de classes e rendimentos baixos, que têm uma maior propensão para sentimentos negativos e vivencias desfavoráveis. A grande motivação deste jornal é fazer com que as pessoas falem umas com as outras sobre as notícias, criando uma forma de socialização, e até de opinião pública, pois é mais fácil falarem das noticias do que dos seus próprios problemas. Este jornal é muito procurado por este tipo de informação, porque as pessoas se identificam com as notícias, justificando os sentimentos desagradáveis e negativos, que sentem no dia-a-dia e que por vezes não conhecem as causas, nem as razões, transferindo essas emoções para as notícias, como razão principal.

Bibliografia: Abrantes,J. C. (Coord.) (2006) . Ecrãs em Mudança, Lisboa: Livros Horizonte

A gestão individual do mal estar das imagens

Síntese informativa: Os Power Rangers é uma série televisiva de 5 jovens humanos reais, (não são desenhos animados, o que lhes confere realismo), que vão à escola e têm vidas normais, mas que têm a missão de defender a Terra das forças malignas, de uma personagem feminina extraterrestre, dos seus monstros e de outros vilões. Têm poderes especiais quando vestem uns fatos especiais, que lhes esconde a identidade e usam armas de alta tecnologia, que lhes dão energia e poderes sobrenaturais. Quando não conseguem combater as forças do mal isolados, depois de muita luta prolongada, eles juntam-se para formarem um super- poder e utilizam máquinas/veículos potentes que se juntam para fazer uma máquina gigantesca e super-potente. Combatem as forças do mal através de lutas marciais ninja, com pontapés e murros e com o auxílio das armas, destruindo tudo à volta e termina com a derrota do vilão, não a morte, pois ele volta sempre nos outros episódios. Por usarem seres humanos e ser uma série com carácter repetitivo, confere realismo às cenas, confundindo a realidade com a ficção, envolvendo mais as crianças nas imagens e em actos de violência, através da luta.
Por ser uma série mediática, a criança conhece como a série é feita e quais são os actores (making-off), podendo se distanciar da série, transformando psiquicamente as imagens (moldura). As lutas em grupo na série, incentivam comportamentos de violência em grupo onde a criança se integra, pois todos têm os mesmos comportamentos (gestão colectiva do stress), não sentindo vergonha nem agressividade, transformando em prazer as manifestações corporais das lutas ou através das brincadeiras que reproduzem essas cenas violentas, imitando os gestos, atitudes e posturas (como da imagem acima) e falando (linguagem) sobre a série, para darem sentido ao que viram, aliviando o stress emocional produzido por ela.

Bibliografia: Abrantes,J. C. (Coord.) (2006) . Ecrãs em Mudança, Lisboa: Livros Horizonte

sábado, 28 de janeiro de 2012

O efeito dos media no público

Corrente Crítica – Esta corrente analisa os efeitos dos media no receptor e não tem em conta o efeito e reacções que o receptor tem dos media. Considera que os indivíduos são manipulados directamente pelos media, influenciando as suas atitudes e comportamentos. O braço grande que sai do televisor corresponde à existência de uma elite poderosa, que controla a sociedade de massas e também os media, neste caso a televisão. A personagem presa com fios de marioneta, representa a passividade do receptor, sujeitos a um conformismo e uniformização e os sacos nos braços representa a alteração de atitudes provocada pelos media na adesão em massa ao consumismo.
O receptor afinal é activo, porque faz uma selecção crítica da informação que lê e vê de acordo com a sua cultura e integração social. É necessário aos media conhecerem o perfil do seu publico, para agirem face às suas expectativas, com fim comercial, usando a técnica das sondagens. Como referido no enunciado, quanto maior exposição mediática maior a referencia na sondagem, podemos estar perante um agenda-setting, pois houve uma imposição na ordem do dia da informação seleccionada pelos media. Essa informação muitas vezes é em excesso, feita em directo para o sensacionalismo, usando da tecnologia de informação mais avançada, sem qualquer confirmação e verificação, caindo na desinformação.
Bibliografia: Sociologia dos Media, Rieffel (2003 
 

Regras da propaganda politica segundo Domenach

O vídeo http://www.youtube.com/watch?v=vrEmgfqEnAw&feature=related – QUERO DIMA 2 é referente a uma realidadeem 2011, no Brasil e exerce a sua acção nas crenças e valores, pensamentos e sentimentos do povo brasileiro. As técnicas de comunicação usadas são a música (característica do povo brasileiro), passagens fotográficas da candidata com palavras de ordem, claras e sem lugar a discussão, recorrendo à regra da simplificação Utiliza a ampliação evidenciando aquilo que dá força à candidata, esquecendo-se de outros problemas. Usa repetidamente os mesmos slogans, simultaneamente na música e nas palavras de forma à memorização da mensagem, recorrendo à orquestração. Finge ter as mesmas convicções religiosas do povo, alterando-as em proveito próprio, usando da regra da transfusão. Por fim explora o desejo de igualdade para todos, criando ilusão de um país para todos, pela regra do contágio.

Simplificação – “O Brasil não pode parar”
                             “Os sonhos não podem morrer”

Ampliação – “Mãe do PAC”
                        “Não quero retrocesso para o Brasil”

Orquestração – “Ela é Dilma, Dilma”
                             “Quero Dilma, Dilma”

Transfusão – Imagem da candidata a falar com o Senhor
“O Senhor é meu pastor nada me faltará”

Contágio – “… é a força feminina do Brasil de norte a sul…” – música
                     “Brasil soberano”
                     “Brasil é Dilma”   

Bibliografia: Sociologia dos Media, Rieffel (2003
 

A infuencia ds media no jogo democrático

A actividade dos políticos dentro da actual democracia, esta a transformar-se, influenciada pela exposição mediática. Tendo como principal função, seduzir os indecisos e consolidarem as opiniões do eleitorado, os políticos sofrem constantemente uma pressão dos media, com intervenções no imediato e rapidez de raciocínios, solicitações constantes para prestarem esclarecimentos e justificações dos seus actos. Têm que passar uma imagem credível, responsável, coerente e pertinente nas suas intervenções. São eleitos, não pelas suas capacidades comprovadas, mas pela sua popularidade e carisma mediático, sujeitos a análises de avaliação do seu passado e presente pelos media e reconhecidos pelo eleitorado.

Bibliografia: Sociologia dos Media, Rieffel (2003 )