sábado, 2 de abril de 2011

Mesmo antes de ter entrado no curso de licenciatura em Educação saiu um artigo no DN em Junho 2010, que me deixou a pensar sobre as questões da educação e elaborei um texto que postei no Facebook.
Deixo-vos aqui o que na altura pensei que não foge muito ao que já aprendi no curso de educação:

"Insucesso escolar

por Patrícia Fernandes a Sexta-feira, 16 de Julho de 2010 às 0:52
"31% dos portugueses não acabaram escolaridade obrigatória...Dados ontem divulgados pelo Eurostat revelam que Portugal continua a ter a maior taxa de abandono escolar da União Europeia, embora seja o País que teve maior descida..." DN 15/07/2010

Não estou ligada à área educacional, mas notícias destas deixam-me a pensar e entristecem-me. Assim quero deixar aqui o que penso sobre esta matéria:
Portugal tem uma grande crise de falta de valores, cultura e educação, por isso é que se encontra no estado actual. É necessário formar pessoas, pois já alguém disse: "Abram escolas para não haver tantas prisões". É necessário que as crianças continuem a frequentar a escolaridade obrigatória. E como se faz isso? Com certeza que não é passando indiscriminadamente os alunos que têm negativas, até chegarem ao ano de exame e chumbarem. Isto não incentiva os alunos, antes pelo contrário, aqui é que está o insucesso escolar, pois estes alunos nunca se esforçaram ao longos dos anos e chegam ao ano de exame e desinteressam-se em continuar pois eles próprios reconhecem que não têm apetências para continuarem.
Penso que o que o ME tem a fazer primeiro, é fazendo propaganda junto da televisão, com vídeos que demonstrem a necessidade do estudo e as consequências de não estudarem, com muita pedagogia. Façam anúncios na TV a anunciarem e a evidenciarem a necessidade de estudarem e as suas vantagens em termos pessoais, cívicos e sociais.
A seguir terá que ser feita uma reforma na maneira e nas matérias a dar nas escolas. As escolas não podem ser umas instituições rígidas, têm que evoluir. Deixem-se (ME, sindicatos, professores, educadores...)de picardias de professores para cá e professores para lá, pois o problema não está nos professores, mas na forma como as aulas são dadas e as matérias que estão desactualizadas com o desenvolvimento e realidade actual. Tem que haver mais adequação no "saber estar" dentro de uma sala de aulas. Hoje em dia as crianças passam horas em frente de ecrãns e estão sedentas de informação, pois está tudo ao alcance de um clik. Então ensinem através de ecrãns, invistam mais em computadores. Outra forma é não senta-las em mesas, mas dêem aulas como se estivessem numa mesa redonda, ou no chão, façam da sala de aula uma troca de informações, lancem uma questão para discussão e envolvam as crianças na participação, as crianças gostam de serem ouvidas, querem dialogar (por isso é que existe o mau comportamento nas aulas) e gerem discussão e participação entre todos,
Esta forma de ensinar tem que começar logo na primária, para se irem habituando a ouvirem, participarem e interagirem positivamente e educadamente, tipo cultura da empresa Google.
Claro que isto passa pela formação inicial dos professores, em experimentarem novas formas pedagógicas, o uso de novas tecnologias, novas formas de ensinar, em fazerem benchmarketing com países com elevados sucessos escolares e aplicarem essas formas novas de ensinarem. Façam escolas piloto, com várias formas de ensino para ver quais as que têm melhores resultados.
Não vamos dizer às crianças o que devem aprender, como devem aprender, mas leva-las a aprender e a quererem aprender. As crianças precisam que se interessem por eles. Existe na sociedade uma carência de interesse uns pelos outros e as crianças sentem muito isso. Tirem-nos também das salas de aula e venham para o campo dar matéria. Ainda me lembro de ter aulas no campo e aprendia-se muito. Se preciso for, ponham mais professores numa sala de aula, trabalhando em equipa, pois reforçam a matéria e captam mais a atenção das crianças. Façam experiências nas faculdades uma sala de aulas com 2 professores. É monótono ouvir sempre a mesma voz e a mesma maneira de ensinar.
Por fim quem não quiser mesmo estudar, metam-nos no mercado de trabalho. Substituam algumas máquinas por homens e não dêem subsídios de sobrevivência a quem não quis estudar mais. Com subsidiários e pensões o preço da mão de obra não baixa, pois as pessoas só começam a querer trabalhar qd ganharem mais que os subsídios. Assim reduzia-se o preço da mão de obra, as empresas podiam ser mais eficientes e produzirem mais, reduzia-se o desemprego, aumentava-se a produtividade, e as pessoas começavam a dar valor à formação e aos estudos.
Professores, não tenham medo de inovar destro das vossas salas, sejam criativos (eu sei o esforço que fazem), mesmo que vá contra a forma estipulada pelo ME, digam Não e Basta a trabalhos que não trazem valor acrescentado ao ensino. Para bem da vossa profissão, invistam na profissão de professores e educadores e no interesse pelos alunos e deixe-mo-nos de politiquices com sindicatos, governo e ministério
Um país sem educação é um país pobre e marginalizado. Pensem nisso."

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